Combatendo o preconceito, alunos participaram de noite em celebração à cultura, história e influências dos povos originários
FOTO: Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
Alunos da Escola Estadual Professor Rofran Belchior da Silva, localizada no bairro Tancredo Neves, zona leste de Manaus, participaram, durante todo o mês de maio, do projeto ‘Diversidade dos povos originários: etnias indígenas’. Nesse período, alunos do Ensino Regular e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) participaram de palestras sobre etnias indígenas e oficinas de artes, com o objetivo de aflorar a reflexão sobre a importância da cultura indígena e afro-brasileira na construção do estado e do país.
A conclusão do projeto aconteceu na noite de quarta-feira (28/05), no pátio da comunidade escolar, com apresentações culturais das turmas de Ensino Regular e EJA. Cada turma ficou responsável por apresentar, de maneira artística, uma etnia indígena para o público presente. Para o diretor da escola, José de Arimatéia, ensinar sobre a história e a cultura das etnias indígenas é ensinar a história do Brasil.
“A gente trabalha com palestras educativas, enfatizando que o aluno precisa fazer parte de todo o processo, trazemos as etnias, convidados, para que os alunos possam se inserir na sociedade e desmistificar essa ideia de que o indígena não faz parte de todo o contexto, ressaltar a importância do indígena na sociedade, na educação”, afirmou o diretor.
FOTOS: Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de Educação e Desporto EscolarValorização educacional
Os alunos iniciaram a apresentação com uma encenação musical retratando a história dos Yanomami, indígenas que vivem no Amazonas e em Roraima, sendo um dos povos que mais sofre com os impactos do garimpo ilegal na Amazônia. Os alunos da turma da 2ª série do Ensino Médio enfatizaram a inocência das crianças Yanomami e a força do povo em combater o garimpo ilegal e o desmatamento.
Em seguida, alunos da 11ª etapa da EJA apresentaram a cultura do povo Guarani, indígenas com a espiritualidade aflorada, retratando danças e objetos utilizados em seus rituais. Para a professora Grace Lourdes Cardoso, a participação das turmas do turno noturno tornou o projeto ainda mais especial pela inclusão e valorização de todas as turmas.
“É muito importante eles terem a oportunidade de demonstrar as habilidades que eles conseguiram desenvolver ao longo desse processo de formação”, ressaltou a professora.
Os alunos da 10ª etapa da EJA apresentaram os indígenas Ticuna, guardiões das águas do Alto Solimões. Abordando o Ritual da Menina Moça, cultura e tradição indígena foram valorizadas em forma de uma encenação musical. O aluno Geovane Oliveira, que representou o Pajé, líder espiritual das comunidades indígenas, conta que os ensaios foram reduzidos para se adequarem ao tempo disponível dos alunos, que trabalham durante o dia, e estudam durante a noite.
FOTOS: Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar“De uma forma ou outra os ensaios foram proveitosos, nós conseguimos aproveitar bastante o nosso tempo. A maior parte dos alunos é de adultos, então temos muitas obrigações quanto ao trabalho e afazeres de casa, mas com certeza vamos entregar um bom resultado”, destacou o aluno.
Foi representada, também, a etnia Apinajé, com os alunos da 9ª etapa da EJA apresentando as comidas típicas, danças culturais e objetos utilizados pelos indígenas no dia a dia. Os alunos da 1ª série do Ensino Médio apresentaram os indígenas Sateré-Mawé, retratando o famoso Ritual da Tucandeira. Por fim, os alunos da 2ª série do Ensino Médio retratraram os indígenas Karajá, destacando o grafismo e o artesanato, tradicionais da etnia.
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