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Amazonas

Polícia Civil do Amazonas leva Operação Shamar pela primeira vez até comunidade indígena em São Gabriel da Cachoeira

22 de agosto de 2025
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A iniciativa representa um passo inédito na aproximação das Forças de Segurança com as realidades vividas nos territórios indígenas

FOTO: Beatriz Sampaio/PC-AM

O município de São Gabriel da Cachoeira (a 852 quilômetros de Manaus), que concentra a maior população indígena do Brasil, distribuída em 750 comunidades indígenas, recebeu pela primeira vez a Operação Shamar, deflagrada no Amazonas pela Polícia Civil (PC-AM), que levou ações de enfrentamento à violência contra a mulher a comunidade indígena Yamado.

Neste ano, a Polícia Civil trouxe um propósito diferente para a Operação Shamar: ampliar o acesso das mulheres à proteção e à justiça, chegando até comunidades indígenas no interior do estado, para que as mulheres originárias tenham discernimento sobre seus direitos, possam identificar situações de violência e saibam como buscar apoio das autoridades competentes.

A iniciativa representa um passo inédito na aproximação das Forças de Segurança com as realidades vividas nos territórios indígenas, reforçando a importância da prevenção e do acolhimento em contextos onde o acesso à informação e à rede de proteção ainda é limitado.

FOTO: Beatriz Sampaio/PC-AM

Os policiais civis da Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM) centro-sul, da Delegacia Especializada de Polícia (DEP) de São Gabriel da Cachoeira, do Departamento de Polícia do Interior (DPI) e da Diretoria de Comunicação da PC-AM foram até a comunidade indígena Yamado, onde conversaram com os indígenas das etnias Koripako, Baniwa, Tukano e Baré sobre temas relacionados à violência doméstica.

“Fizemos uma escuta ativa com as mulheres indígenas da comunidade, tivemos uma troca com elas sobre o que está prescrito na Lei Maria da Penha, e explicamos a elas sobre os tipos de violência doméstica, pois percebemos que elas não sabiam quais eram. Então pudemos orientá-las e fornecer a elas mais informações, fortalecendo o conhecimento sobre seus direitos e mostrando os canais disponíveis para denúncia e proteção”, explicou a delegada Patrícia Leão, titular da DECCM centro-sul

Durante a ação, a indígena Vanilsa Gomes Monteiro destacou a importância do conhecimento compartilhado sobre os diferentes tipos de violência contra a mulher. Segundo ela, muitas mulheres ainda não reconhecem agressões que não deixam marcas físicas.

FOTO: Beatriz Sampaio/PC-AM

“Para mim, como mulher, é muito importante aprender sobre isso. Antes, eu não sabia o que era violência psicológica. Achava que violência era apenas quando a mulher era agredida fisicamente. Agora, eu entendi que muitas mulheres sofrem por causa desse tipo de violência silenciosa, que ninguém consegue ver. Aprendi como me cuidar e, também, posso repassar esse conhecimento para outras mulheres da comunidade”, afirmou Vanilsa.

Na oportunidade, as autoridades também divulgaram o site da Delegacia Virtual da Mulher (DVM), lançado em São Gabriel da Cachoeira, durante um evento na Maloca Foirn.

“Fizemos a divulgação da plataforma para que as mulheres indígenas saibam que há mais um meio de amparo caso elas precisem. O site tem conteúdos informativos sobre os tipos de violência previstos na Lei Maria da Penha, orientações sobre como identificar um ciclo de violência e possibilita que a vítima solicite, de forma on-line, a medida protetiva de urgência, sendo o pedido automaticamente encaminhado ao Poder Judiciário, sem a necessidade de deslocamento até uma delegacia física”, explicou a delegada Grace Jardim, diretora de comunicação da PC-AM.

FOTO: Beatriz Sampaio/PC-AM

A liderança indígena Maria do Rosário, também conhecida como Dadá Baniwa, e coordenadora da unidade da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) na região do Rio Negro, destacou a importância do novo canal de denúncias para as comunidades indígenas do Rio Negro. E explicou que muitas mulheres ainda enfrentam silenciamento e medo de denunciar situações de violência dentro de suas próprias casas e territórios.

“Na Funai recebemos diversas denúncias, mas sabemos que muitas mulheres permanecem caladas por medo de expor seus agressores, que muitas vezes são os próprios companheiros ou pessoas próximas. Por isso, o lançamento desse site é tão importante para nós, principalmente no Amazonas e no território do Rio Negro, porque amplia o acesso à informação e fortalece a coragem para denunciar”, ressaltou a líder indígena.

A indígena Dulcilene Nastacia Galdence ressaltou que o aprendizado sobre os direitos das mulheres e os tipos de violência proporcionou mais consciência e segurança para as mulheres da comunidade.

“Foi muito importante para mim, porque aprendi muitas coisas. Agora sei o que pode acontecer e o que nós, mulheres, não podemos permitir. Fiquei muito feliz de ter aprendido essas informações”, relatou Dulcilene.

Os homens originários da comunidade indígena Yamado também participaram da roda de conversa com as autoridades policiais, e o delegado Paulo Mavignier, diretor do DPI, foi o responsável por conversar com eles e orientá-los sobre a proteção das mulheres indígenas.

FOTO: Beatriz Sampaio/PC-AM

“Na qualidade de homem, de policial e de delegado, procurei trazer uma reflexão para os homens da comunidade sobre a ótica masculina do respeito à mulher — o que significa proteger, não permitir que ela seja humilhada ou diminuída. Mostramos que o melhor caminho é a prevenção, a informação e o conhecimento da Lei Maria da Penha. O nosso objetivo não é somente a repressão, mas sim a conscientização, para que todos entendam que a finalidade da Lei é proteger a mulher”, destacou o delegado.

O município de São Gabriel da Cachoeira conta com 750 comunidades indígenas e a delegada Evanice Cavalcante, da DEP de São Gabriel da Cachoeira, garantiu que as demais também receberão as visitas da Polícia Civil de forma progressiva.

“Essa visita foi muito importante para que pudéssemos conhecer a comunidade e entender as suas demandas, sobretudo orientar tanto os homens quanto as mulheres sobre o que tange a violência doméstica e colocar a Polícia Civil de portas abertas para atendê-los”, avaliou a delegada.

O líder da comunidade indígena Yamado, Ari Rodrigues, destacou a importância da presença inédita da Polícia Civil no território. Segundo ele, a visita representou um momento de aprendizado e valorização das mulheres indígenas.

“É a primeira vez que recebemos a Polícia Civil em nossa comunidade, e ficamos felizes com as orientações e informações que foram trazidas, principalmente voltadas para as mulheres”, afirmou.

A Operação Shamar em São Gabriel da Cachoeira marca um avanço significativo na aproximação da Polícia Civil com as comunidades indígenas, promovendo não apenas o combate à violência, mas também educação, prevenção e fortalecimento dos direitos das mulheres.

A ação reforça o compromisso da corporação em levar informação, apoio e proteção mesmo às regiões mais remotas do Amazonas, garantindo que os territórios indígenas sejam espaços de segurança, respeito e valorização da vida.
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Assuntos Agência Amazonas, Governo do Amazonas, Governo Wilson Lima, SECOM
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